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Saiba como funciona o freio a disco dos carros

Freio a disco, tecnologia desenvolvida para os aviões, hoje é vista em praticamente todos os automóveis em produção no mundo.

Nos dias atuais a tecnologia do freio a disco ́ extremamente comum, presente em todos os automóveis vendidos no mercado brasileiro. Tendo casos de serem também vendidos nas rodas traseiras.

Para quem é entusiasta ou para quem viveu na época do Volkswagen Fusca, com tambores nas quatros rodas, recordando que nem sempre foi dessa forma, já que pastilhas e discos já foram vistos como diferenciais na venda de carros.

Este tipo de freio é composto por um disco, comumente  de ferro, que é alojado entre duas pastilhas, feitas de um composto mais macio, que ficam alojadas dentro das pinças de freio. Sendo assim, ao pisar no pedal, a pressão hidráulica move o pistão dentro das pinças, empurrando as pastilhas contra o disco assim freando o veículo.

Pode parecer inacreditável, porém o freio a disco é quase tão antigo quanto o próprio carro, com seus modelos pioneiros de freios primitivos composto por disco e pastilhas surgindo no início do século 20. Porém o sistema conhecido e utilizado hoje em dia surgiu nos aviões migrando para carros apenas depois da Segunda Guerra Mundial.

As principais vantagens do freio a disco em contraste ao freio a tambor está nas menores chances de perda do poder de frenagem por superaquecimento, secagem rápida, resfriamento e também em sua manutenção dada pela menor presença de componentes móveis.

Imagem: Pixabay

Enquanto ainda os europeus se recuperavam dos efeitos do conflito mundial, o papel do primeiro carro equipado com freio a disco pertenceu a um carro americano. Porém não se tratava dos grandes modelos lançados pelas gigantes Chevrolet ou Ford, 

Em 1949, o Hot Shot, foi o pioneiro em usar o freio a disco como conhecemos , pertencendo à pequena fabricante Crosley, que também era polêmico pelo seu tamanho diminuto (apenas 3,48 m de comprimento) e o motor de apenas 726 cc.

Em 1950 os carros na Europa começaram a fazer uso do freio a disco, primeiro em competições e partir de 1955 começou a ser utilizado em modelos feitos em série, o luxuoso Citroen DS foi o pioneiro europeu equipado com o freio a disco.

No Brasil, modelos sendo lançados a partir de 1967 sendo recebido com pouca popularização, que em contraste foi lenta e só começou a ganhar mais atenção a partir da década seguinte, modelos de luxo como o Ford Galaxie só ganharam esses sistema em 1972.

Evolução

Com o seu chiado muito característicos alguns fabricantes ficaram resistentes dado a esse detalhe do seu funcionamento apesar do freio a disco em contraste ser muito mais eficiente.

Resistência essa, que com o tempo foi diminuindo por conta do avanço da tecnologia e o materiais envolvidos na sua composição, assim ficando um sistema silencioso e eficiente.

Agora com os discos deixando de ser peças sólidas, passaram a ser mais compartilhadas em linhas de produção trazendo em consequência variações e diversidades.

Discos ventilados sendo as mesmas ocas com canais internos favorecendo a refrigeração, em combo as pinças que podem ser encontradas atualmente com mais de um pistão.

Eletrônica

A evolução como de costume não foi linear e não favoreceu apenas nos materiais e nos desenhos dos componentes do freio a disco. A eletrônica  teve seu destaque acompanhando com componentes dotados de sensores que podem verificar o nível de desgaste e indicar o momento ideal para troca das pastilhas

Outro sistema que surgiu na aviação e foi migrado para os carros foi a integração do freio a disco com o ABS também. Que passou a ser obrigatório em todos os carros brasileiros desde 2014 e impede o travamento das rodas durante as frenagens, trabalhando em conjunto com o EBD (Distribuição Eletrônica de Frenagem), controlando a força enviada para o veículo.

A popularização nos últimos anos também alcançou o sistema de estacionamento eletrônico, que ocupa o lugar do tradicional alavanca por um botão, este responsável pelo acionamento das pinças dos freios traseiros.

O que permite a integração do “freio de mão” aos demais sistemas do carro acionamento automático do freio ao tirar o cinto de segurança, posicionar o câmbio automático em “N” ou “P”,  ou ao desligar o motor.

Funcionando  com o uso do radar e câmera  frontal, o veículo é capaz de identificar a distância para o veículo à frente e comandar automaticamente a frenagem caso seja necessário evitando uma colisão iminente. 

Edson

Iniciando o primeiro período na faculdade de cinema e redator. Trabalhando com a escrita desde 2018, sempre encarei os meus textos com grande responsabilidade, e escrever sobre finanças e economia não vai ser diferente. Descomplicar esses temas para o público geral com certeza é o meu maior desafio, e espero que vocês me acompanhem nessa.
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